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terça-feira, 25 de novembro de 2014

O JUSTO E SUA RECOMPENSA

Dois amigos vieram interrogar um homem sábio, justo e temente a Deus, sendo um deles um cristão, e o outro ateu.

E depois das calorosas recepções, das refeições, bebidas e conversas rotineiras, os dois interrogaram o Tsadik (justo). E o ateu perguntou:

- E se no final de tudo você não puder ser recompensado por uma vida inteira servindo a Deus? E se não houver paraíso para você?

E o Tsadik sem pensar muito respondeu sorrindo:

- Mas eu já fui recompensado, e vale a pena todos os dias servir a Elohim (Deus). Se a recompensa e o paraíso são os parâmetros para valer a pena servir ao meu Elohim (Deus), então deixe de ser ateu, porquê já obtive a minha recompensa e já vivo o paraíso cumprindo as Mitzvot (mandamentos) do meu Elohim (Deus). As próprias Mitzvot (mandamentos) são a presença de Elohim (Deus).

E então o cristão veio e lhe interrogou:

- E se você no final descobrir que sua religião é a errada, e Deus te mandar para o inferno?

Então mais uma vez o Tsadik sorriu e disse:

- Me mandar para o inferno? Eu cumpriria mais essa Mitzvah (mandamento) com todo o meu coração, com toda a minha alma e com todas as minhas forças.

E você, trabalha e vive em função dos prazeres desse mundo, que se esgotarão com sua saúde e juventude, para guardar lembranças para sua velhice e contar histórias para seus netos? Trabalha e vive para colher uma recompensa incerta além da sua vida? Ou não trabalha e vive, mas desfruta da vida eterna, do Paraíso, aqui e agora?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

QUEM É O PROFANADOR DO SÁBADO?



O Shabat que o Eterno de Israel concedeu ao homem não é um fardo ou uma maldição. É uma bênção que se estende até aos animais (Ex. 20:10)!

A palavra hebraica Shabat (tfba$) significa "cessar, descansar, tomar alento, revigorar-se". Depois do dia da expiação (Yom Kippur), o Shabat é o dia mais sagrado e inviolável. Ele representa o elo entre o povo judeu e o Deus de Israel: "É um sinal entre mim e os filhos de Israel para sempre".

A Torá nos diz que após o Eterno ter completado toda a obra da criação Ele santificou o sétimo dia e o abençoou (Gn. 2:3). Sendo assim, a primeira menção do Shabat tem relação com a obra da criação: "Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou" (Êx. 20:11 – ênfase minha).

Aqui é dito que o Eterno Deus DESCANSOU de suas obras. O que isso significa? Deus se cansa? "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento" (Is. 40:28). O que significa então quando a Torá diz que Deus descansou no sétimo dia? Os antigos sábios diziam que se Deus, que não se cansa, descansou de sua labuta no sétimo dia, com muito mais razão o homem frágil que se cansa tão facilmente deveria interromper seu trabalho no sétimo dia. Logo, a linguagem antropomórfica que a Torá utiliza neste versículo, é para nos mostrar este exemplo dado pelo próprio Deus ao homem.

O Eterno deseja estabelecer um dia na semana para que o homem volte a viver como no jardim do Éden, desfrutando de comunhão com Deus. Vivendo uma parte da eternidade perdida. O Shabat é o dia da semana em que o homem retorna aos tempos antigos, ao jardim do Éden e desfruta de suas delícias. É um momento para se libertar do jugo do trabalho, que é um castigo de Deus pela rebeldia humana. No Éden, todos os dias era um Shabat a ser vivido.

Portanto, o Shabat representa LIBERTAÇÃO e não ESCRAVIDÃO, JUGO ou SERVIDÃO. É por isso que mais à frente o Eterno diz:

"Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de Shabat (descanso)" (Dt. 5:15).

Israel fora escravo do Egito, e foi tirado de lá pela mão forte do Eterno. Agora eles serviriam ao Eterno. Mas ao contrário do tirano Egito, o novo Senhor de Israel lhes concedeu um alívio, um dia de descanso, um dia em que a maldição pela desobediência de Adão seria anulada, e o homem voltaria ao descanso que era eterno no Gan Éden.

Sendo assim, o Shabat é um sinal entre Deus e Seu povo. Um sinal não somente de aliança, mas um sinal de amor e zelo. O Shabat relembra que o jugo do trabalho tem um fim e é Deus que põe fim a este castigo. O Shabat é um tempo de regozijo e alegria. Ele não é um peso, mas a própria Torá nos mostra o que o Shabat significa aos olhos do Criador.

O Eterno ABENÇOOU e SANTIFICOU o Shabat! O Sábado é uma bênção e ao mesmo tempo algo santo! Guardar o Shabat é sinônimo de bênçãos. Guardar o Shabat é sinônimo de santificação.

O Shabat (dia de descanso) é algo tão sagrado para o Eterno, que abençoaria até os estrangeiros que se unissem a ele:

"Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o Shabat (dia de descanso), e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao SENHOR (como nós cristãos, que fomos enxertados à Videira de Israel por adoção em Jesus Cristo), dizendo:

Certamente o SENHOR me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR a respeito dos eunucos, que guardam os meus Shabats (dias de descanso), e escolhem aquilo em que eu me agrado, e abraçam a minha aliança: Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao SENHOR, para o servirem, e para amarem o nome do SENHOR, e para serem seus servos, todos os que guardarem o Shabat (dia de descanso), não o profanando, e os que abraçarem a minha aliança, Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos" (Is. 56:2-7).

Note que o Shabat é para todos e não somente para judeus! Se até os animais são abençoados pelo Shabat, imagine o homem seja de qual povo ele for!! O Shabat não é propriedade dos judeus, mas um sinal de todo aquele que aceita uma aliança com o Eterno:

"Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus Shabats (dias de descanso); porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica" (Êx. 31:13)

"Cada um temerá a sua mãe e a seu pai, e guardará os meus Shabats (dias de descanso). Eu sou o SENHOR vosso Deus" (Lv. 19:3).

"E também lhes dei os meus Shabats (dias de descanso), para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica" (Ez. 20:12).

Deus não pode mentir, e sua palavra não volta atrás. O Shabat (dia de descanso) é um sinal eterno:

"Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus Shabats (dias de descanso); porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se" (Êx. 31: 13, 17).

Quanto tempo durará este "para sempre" do texto? A mesma palavra hebraica usada aqui é usada no versículo de ICr. 29:10:

"Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade".

A palavra hebraica usada no texto é {flO(l (leolam) e significa "eternamente, perpétuo, para sempre". É a mesma palavra que aparece em Êx. 31:17, citado acima. Logo, o Shabat é um sinal ETERNO e portanto, durará eternamente (ou o Eterno volta atrás com sua palavra?).

A teologia cristã afirma que esta palavra significa que este mandamento seria perpétuo somente ATÉ A VINDA DO MESSIAS. Mas onde isso está escrito? Se uma coisa é perpétua, é para sempre! Um assassino que é condenado à prisão perpétua entende bem o que é "perpétuo", por que os teólogos não entendem? Se era até a vinda do Messias, isso deveria estar escrito na Torá, ou algum profeto o teria profetizado (ao contrário, as profecias falam do Reino Messiânico com paz de Shabat a Shabat):

"Certamente o Eterno Elohim não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas." (Amós 3:7).

Mas além do Eterno afirmar que o Shabat (dia de descanso) é perpétuo (ou ele volta atrás?), que é um sinal da aliança entre Elohim e aquele que o serve (incluindo os estrangeiros, como descrito acima), de nenhum profeta ter profetizado o fim do Shabat (dia de descanso), o próprio Messias Jesus Cristo não aboliu o Shabat (dia de descanso).

A dedução de que o Shabat foi abolido vem da interpretação de textos paulinos, mas vejam, a base da teoria interpretativa tem que ter raíz na Torá, nos profetas e em Jesus Cristo, mas essas interpretações cristãs só tem base em Paulo, mesmo Pedro tendo advertido de que muitos não entendiam os escritos de Paulo:

"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição". - 2 Pedro 3:15-16.

Quando Yeshua disse que o Shabat foi feito por causa do homem e não o homem por causa do Shabat, Ele estava simplesmente falando a mesma coisa que está escrita no Talmud Babilônico, que diz que "Yochanan, em [nome de] Rabi Yosef pôs [em questão]: 'o Shabat foi entregue em vossas mãos, e não vós entregues a ele [ao Shabat]' " (Yomá 85b). Lembra quando dissemos que o Shabat é uma bênção para o ser humano? Esta é justamente a idéia de Yeshua ao dizer que o Shabat foi feito por causa do homem.

Já era entendimento da Casa de Hilel, e até hoje entre os judeus, que o mandamento (Mitzvah) é para a vida. Assim, os discípulos de Jesus estavam matando a fome, e não profanando o Shabat (dia de descanso). O sentinela ainda trabalhava no Shabat, porque guardava as vidas de Jerusalém. A vida vem sempre em primeiro lugar, porque o mandamento é para a vida, e não para a morte. Ao contrário, os fariseus (que provavelmente não pertenciam à Casa de Hilel, da qual procedia por exemplo Gamaliel) utilizavam o Shabat como um fardo para as pessoas, que mais condenava do que libertava.

Yeshua sabia que o Shabat fora dado ao homem para que o homem encontrasse no Shabat, a alegria, a liberdade, o refrigério da alma, a cura. Por isso é que Ele curava as pessoas no dia de Shabat, para libertá-las de seus sofrimentos, a exemplo do povo de Israel sendo libertado por Deus da escravidão do Egito. Quem era curado no Shabat, tornava-se uma nova criatura, recebia novo alento, felicidade e com certeza desfrutava do Shabat com muito mais prazer.

Portanto, não estou afirmando que o Shabat (dia de descanso) seja algum ruim, um fardo, e muito menos que foi abolido. Está descrito acima a importância e santidade do Shabat (dia de descanso), e que todo aquele que tem uma Aliança com o Eterno (inclusive os cristãos por intermédio de Jesus Cristo) tem o Shabat (dia de descanso) como sinal.

O que estou dizendo é que novamente, estão fazendo do Shabat (dia de descanso) um fardo, pois ele não é um dia estipulado pelo calendário, pelo governo etc.., mas um dia estipulado pelo próprio Eterno.

Vamos ver o que é o Sábado para o mundo:

A palavra sábado deriva do latim sabbatum, que por sua vez deriva do Shabat hebraico shabāt (que sabemos que significa descanso), que designa o dia de descanso entre os judeus e alguns grupos de cristãos, principalmente os adventistas.

Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses, dedicando o dia de Sábado ao deus Saturno, o que originou em inglês a denominação Saturn's day, posteriormente abreviada para Saturday, e no holandês Zaterdag, com o significado de "Dia de Saturno".

Entre os romanos, por exemplo, este dia era dedicado a Saturno, deus da agricultura, e representava um dia de descanso na semana pela boa colheita.

A descrição de tarde e manhã na criação de cada dia, a enumeração dos dias da semana e o estudo da palavra dia no seu original hebraico (YOM) pode tanto significar dias de 24 horas quanto eras de milhões de anos.

O sétimo dia é o único que não é qualificado com a expressão "tarde e manhã", mas na expressão "sétimo dia" relatada no texto (Gn 2:2,3) é a mesma usada como referência ao dia Shabat (= descanso) aludindo ao dia de descanso semanal.

Os dias da semana judaicos são contatos da seguinte forma: Yom Rishon (dia primeiro), Yom Sheni (segundo dia) etc.., mas quando chega o sétimo dia é: Yom Shabat (dia de descanso).

Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho, e não simplesmente um dia da semana, e esse dia de cessação do trabalho foi estabelecido por Deus.

Por ter sido estabelecido por Deus, se o Shabat (dia de descanso) fosse um dia específico, deveria ser o Dia específico que Deus santificou (o sétimo dia após a Criação), e não um dia segundo a contagem dos homens, e sabemos que determinar esse dia é impossível.

A descrição de tarde e manhã na criação de cada dia, a enumeração dos dias da semana e o estudo da palavra dia no seu original hebraico (YOM) pode tanto significar dias de 24 horas quanto eras de milhões de anos.

Segundo hillel 2º; Antes o Shabat era originalmente dependentes do ciclo lunar (Holiday universal jewish enciclopedia. p.410) Apesar de ser comumente dito ser o sábado de cada semana, é observado a partir do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado. O exato momento de início e final do shabat varia de semana para semana e de lugar para lugar, de acordo com o horário do pôr-do-sol. Portanto, o que os cristãos guardam como sábado hoje (de sexta-feira meia noite à sábado meia noite) não é o Shabat dos judeus.

Portanto, o Shabat (dia de descanso) é estabelecido por Deus, e não pelo calendário dos homens. E se esse dia descanso (Shabat) fosse um dia específico, deveria ser o dia que Deus santificou, e para encontrá-lodeveríamos estar fazendo cálculos miraculosos e científicos para recontar todos os dias até o Gênesis, e descobrir qual foi exatamente esse "sétimo dia" da Criação do Mundo (além de considerar que no primeiro dia ainda não havia Sol). Além disso, esse sétimo dia seria diferente em outra parte do mundo. Quer dizer, se foi o dia exato santificado (o sétimo dia de trabalho de Deus como referência universal, e ainda considerando que os dias eram de 24 horas, e ainda ter que escolher se conta de pôr do Sol a pôr do Sol ou meia noite a meia noite), em outra parte do mundo ainda seria o sexto dia, dependendo de como se conta os dias (meia noite ou pôr do Sol, ou de acordo com as luas etc..).

Ainda que o encontrássemos (esse sétimo dia após seis dias de trabalho de Deus), talvez ele seria uma sexta-feira no Brasil, ou uma quinta-feira em outra parte do mundo. Acrescentemos a isso a paralisação do Sol em Josué, a incerteza de quantos dias Adão viveu no Paraíso sem pecar etc.., Ou seja, não tem sentido acharmos que o sábado (dia de descanso) é um dia específico do calendário.   

Então ficamos com a benção do "sétimo dia". Mas, qual é o "primeiro dia" que devemos contar, para então chegarmos ao "sétimo dia"? É o primeiro dia instituído pelo Rei? Pela constituição do País? Pela igreja? É o calendário tradicional instituído pela nação? Creio que não. Quem santificou e outorgou o Shabat (dia de descanso) como sétimo dia foi o próprio Deus, e é somente ele que pode determinar como contar e chegar ao Shabat (dia de descanso). 

Deus contou o sétimo dia a partir do seu primeiro dia criativo (que é impossível para nós calcularmos hoje). Mas ele na sua Torá nos ensinou a como calcularmos esse sétimo dia para nós, que deverá ser santo:

"Lembra-te do dia de Shabat (dia de descanso) para o santificar. Seis dias trabalharás (todos esquecem que o mandamento não fala apenas de descansar, mas também ordena o homem a fazer seu trabalho no máximo em 6/7 da semana), e farás toda a tua obra (ou seja, tudo que achar de fazer, deve fazer nesses 6/7 da semana). Mas o sétimo dia (ou seja, o sétimo dia após seis dias de trabalho) é o Shabat (dia de descanso) do Senhor teu Deus (esse sétimo dia, após seis dias de trabalho é o Shabath do Senhor); não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o  forasteiro das tuas portas  para dentro; porque em seis dias fez O Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou (pois, assim como o Senhor depois de seis dias de trabalho descansou, você também o fará exatamente, depois de seis dias de trabalho, também descansarás, afinal, se Deus fez todo o mundo em seis dias, e parou para descansar, porque o homem também não o pode fazer?): por isso O Senhor abençoou o dia de Shabat (o dia de descanso, contando como o sétimo dia após seis dias de trabalho), e o santificou". (Êxodo 20:8-11).

Para mim isso é mais do que óbvio. A contagem do sétimo dia se dá a partir do primeiro dia de trabalho, é isso que diz CLARAMENTE a Lei (entregue a Moisés pelo próprio Deus). Não tem interpretação e nem teologia, não é uma autoridade religiosa ou política que vai decidir isso, Deus já disse como seria:

Assim como ele descansou após seis dias de trabalho, e santificou o sétimo dia, nós também devemos descansar no sétimo dia (não do dele, mas após seis dias de trabalho nosso). Após seis dias de trabalho. Portanto, não existe um Shabat para todos, mas cada um tem o seu próprio Shabat (dia de descanso), para descansar das SUAS obras. 

O que é sagrado não é o sábado do calendário (um dia estipulado pelo governo ou por qualquer outra autoridade), mas o sétimo dia após seis dias de trabalho (não um dia do calendário, mas um dia do próprio homem que trabalhou arduamente por seis dias). Assim, o meu Shabat (sétimo dia) pode ser uma terça-feira do calendário, ou um domingo. O sábado foi feito para o homem (um dia para ele descansar, após uma jornada de trabalho), e não o homem para o sábado (não para o homem servir a um dia do calendário estipulado por outros).

Então você diria

"Mas em Israel havia um Shabath, que deveria ser respeitado por todos". Sim havia, e isso também se explica pelo próprio mandamento.

De fato no Israel antigo, o sétimo dia de trabalho coincidia para todos, pois eles viviam em uma nação teocrática, e todos começavam o primeiro dia exatamente no mesmo dia, e o sétimo dia coincidia para todos. Além disso, eles tinham um Rei. O mandamento diz: 

"não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o  forasteiro das tuas portas  para dentro;".

Portanto, os israelitas tinham um Rei, e nenhum dos seus servos (toda Israel) deveria trabalhar no Shabath. Se tivéssemos hoje um Rei que fosse temente à Torá (no Brasil), ele estipularia um primeiro dia de trabalho para todos, e proibiria qualquer um de trabalhar no sétimo dia (que seria o sábado). Aí sim, da mesma forma, todos trabalharíamos seis dias no máximo, e descansaríamos no sétimo. 

Mas no mundo moderno, os dias de trabalho variam de lugar, profissão etc.., não temos uma autoridade central e um calendário de trabalho comum. E não somos israelitas. 

O mandamento de Deus deve produzir vida, justiça e amor. Descansar após uma jornada de trabalho é algo extremamente divino. Primeiro, garante um tempo para desfrutrar do fruto do seu trabalho, para descansar, ter paz, dar alívio ao corpo e à mente, passar um tempo com sua família, dar descanso aos empregados, se dedicar a Deus, estudar a palavra, meditar sobre sua vida e sobre Deus, se preparar para mais uma semana de trabalho, enriquecer espiritualmente.

Depois, garante que Deus cuida de você, que ele não deixará te faltar nada se parar um dia para descansar e se dedicar a você, a Deus, à sua família e ao próximo. E também esse mandamento te livrará da ambição e da dedicação excessiva ao mundo, e também da preguiça (deverá se dedicar arduamente nos seis dias, não postergar trabalho para depois, pois é obrigado a descansar no sétimo dia).

E quem é o profanador do Shabat (dia de descanso)? É um homem que não aceita um emprego porque trabalha no sábado (um dia do calendário estipulado pelos homens)? Por acaso o Shabat estipulado por Deus é sétimo dia calendário ou o sétimo dia após uma jornada de trabalho de seis dias?

Então, você guarda o dia que o calendário estipulou, e não o que Deus estipulou, pois Deus deu como referência para o primeiro dia, o seu primeiro dia de trabalho, para descansar das SUAS obras, que deverão ser feitas em seis dias.

Deveras, o profanador do Shabath (dia de descanso) é o homem que não se dedica ao trabalho nos seis dias, e quer recuperar o tempo perdido no Shabat. Esse homem violou a primeira parte do mandamento (em seis dias todo o trabalho deverá ser feito), e a segunda (no sétimo dia descansará). Além disso, ele não confiou em Deus (colocou o trabalho em primeiro lugar). Por causa do seu próprio descaso durante os seis dias, o Shabath (dia de descanso) se tornou um fardo para ele, e não por causa de um calendário.

Jesus diz que todo o mal procede do coração, portanto o profanador do Shabath é um preguiçoso, um ladrão (que rouba o tempo que o patrão lhe paga para trabalhar, ficando ocioso durante os seis dias e tentando recompensar no sétimo).

O profanador do Shabat também é o homem que não cessa o trabalho após uma jornada de seis dias, porque PRECISA. Este é um ambicioso, ou alguém que coloca o trabalho em primeiro lugar, no lugar de Deus, ou alguém que não confia que Deus não deixará lhe faltar nada se não parar um dia para descansar.

O profanador do Shabat é o homem que dá mais valor ao trabalho do que à família. O homem sem coração que faz o animal trabalhar sem cessar, o patrão que explora o pobre e o trabalhador.

Vejam que o profanador do Shabath profana o Shabath no coração (o ambicioso, o homem sem coração, que não tem respeito pela vida animal, pelo pobre trabalhador, que coloca o trabalho no lugar da família, no lugar de Deus, o preguiçoso, o avarento, o que não confia em Deus etc..).
Mas assim como a serpente de bronze se tornou objeto de idolatria, o mesmo pode acontecer com o sábado, se ele não trouxer paz e aproximação com Deus, mas escravidão e legalismo. 

UMA VERDADEIRA POSTURA CRISTÃ DIANTE DO ABORTO

Tong Phuoc Phuc é um vietnamita que acompanhou a gravidez de risco de sua mulher durante o ano de 2001. Diante da situação delicada que sua esposa e seu filho passavam, Tong prometeu a Deus que se seu filho viesse a sobreviver, ele iria retribuir, fazendo algo para ajudar as pessoas. Enquanto sua mulher se recuperava no hospital, ele conta que via muitas mulheres grávidas entrarem em uma sala de operações e saírem depois, mas sem nenhum bebê. No começo, Tong não entendia o que se passava, mas depois chegou a descobrir que todas elas tinham abortado.

O Vietnã foi considerado em 1999 o país com o maior número de abortos anuais. Tendo sido testemunho desse terror, Tong começou a juntar dinheiro de seu pequeno salário para poder comprar um campo a fim de enterrar os fetos que eram jogados no lixo.

O vietnamita tem um pequeno cemitério onde há mais de 10.000 bebês que foram mortos por suas mães durante a gravidez, pois queria dar-lhes uma sepultura cristã. Além disso, há muitas mulheres que já abortaram, que se dirigem ao local para rezar por seus filhos mortos. Assim que construiu este cemitério, muitas mulheres gravidas começaram a procurar a ajuda de Tong, que não pensou em nenhuma outra idéia a não ser ficar adotar essas crianças. Desde 2004 ele já adotou mais de 100 crianças e impediu que muitas outras fossem abortadas. 

Muitas das crianças que estão aos cuidados de Tong são entregues a ele ou são deixadas em sua porta. Os meninos recebem o nome de Vinh, que significa honra, enquanto as meninas ganham o nome de Tam, que significa coração. O sobrenome de todos é Phuc, e o segundo nome é sempre o nome de sua mãe ou do povoado onde ela mora. Assim foi decidido, para que mãe e filho possam se reencontrar no futuro. Muitas das mães, deixam suas crianças aos cuidados de Tong por alguns anos para que possam trabalhar e terem condições de criá-las em seus próprios lares.

Atualmente Tong vive com seus dois filhos biológicos, 20 bebês, 30 filhos mais velhos que moram em uma segunda casa que funciona como um orfanato. Os outros 50 que adotou já conseguiram voltar aos cuidados de suas mães.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O SOL.



E o matuto disse:
- Como o tempo passa rápido. Amanhã o Sol está nascendo de novo. Mais um dia que se vai.
E o ignorante então disse:
- O Sol não vai nascer amanhã amigo. Ele está no mesmo lugar. É a Terra que está girando. E pensar que há tempos atrás éramos tão ignorantes que pensávamos que o Sol girava em volta da Terra.
E o cientista respondeu:
- Isso é relativo. Depende de qual referencial está usando para descrever o movimento.
E o cético disse:
- Então isso também é relativo. De acordo com a gramática, por exemplo, a frase do nosso amigo está certa. Depende do referencial.
E o matuto disse:
- É verdade. E por outro referencial, amanhã eu ainda tenho muitas contas pra pagar, e não tem nenhum referencial que eu possa usar para o Sol não nascer e não haver amanhã. Então, independente de como vocês encaixam o Sol nessas teorias, amanhã ele vai estar bem ali (aponta o dedo), me dizendo que é dia de pagar as minhas contas.

A PARTITURA!



Ele passava todos os dias com sua esposa por aquela casa nos seus passeios matinais, e escutava todos os dias uma bela canção. Por ser músico, ele sabia que a música era executada perfeitamente de acordo com a partitura, de forma magistral. A música era tocada tão perfeitamente, que ele não sabia se tratar de um homem ao piano ou uma gravação. Então, certa vez passou e pensou: “Certamente não se trata de uma gravação, mas alguém está tocando”. E sua esposa perguntou como ele sabia disso.


“Por causa dos pequenos erros. Ele é tão competente, que usa os erros pra mostrar que ele vive.”. 


quinta-feira, 3 de abril de 2014

DAR E RECEBER

(Fonte: www.chabad.org.br)

Existem dois corpos de água em Israel. Um consiste de água pura, sempre límpida e azul, com árvores e flores crescendo em suas margens e onde as crianças brincam perto das águas frescas. É o Kinêret, o Mar da Galileia.

O segundo fica mais ao sul do país. Suas águas cálidas parecem densas e barrentas, o ar é quente e nada cresce em suas margens. É o Mar Morto, no Negev. O que dá às águas do Kinêret sua vivacidade, em contraste com seu parceiro do sul?

Para cada gota de água que entra no Kinêret, este devolve outra, enviando suas águas para o Rio Jordão. Assim, está constantemente se regenerando.

Por outro lado, o Yam Hamelech, o Mar Morto, retém suas águas. A água flui para lá vinda de sua fonte, mas não é liberada. Por isso, é chamado de Mar Morto.

Uma lição: a vida é medida por aquilo que fazemos para os outros: quanto mais damos, melhor será nossa qualidade de vida.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

CUIDAR DAS PALAVRAS!

Um homem que não era cuidadoso com suas palavras foi a um Rabino. Ele tinha decidido mudar e precisava de conselhos sobre como conseguir isto. O Rabino deu-lhe uma resposta muito peculiar.

“Leve um travesseiro de penas para a rua e solte as penas em todas as direções.”

O homem ficou perplexo, mas estava decidido a fazer o que lhe fosse aconselhado para mudar sua vida. Após fazer conforme as instruções, ele voltou ao Rabino.

“Agora o que devo fazer?” perguntou ele.

“Volte à rua e recolha todas as penas, até a última delas,” foi a resposta.

Mais uma vez o homem foi para a rua e começou sua difícil tarefa.

Por fim, ele voltou ao Rabino derrotado, relatando sua incapacidade de seguir as últimas palavras de conselho. “Lembre-se,” disse o Rabino, “suas palavras são como aquelas penas. Depois que saem da sua boca, jamais retornam. Certifique-se que as palavras que você solta sejam aquelas que você não precisa ir atrás para recolher.”